Adequação das máquinas à Indústria 4.0 é possível e não custa mais caro



A convite da Metal Work, o engenheiro italiano Alessandro Guidi esteve recentemente no Brasil para um ciclo de workshops nos quais desmistificou a crença de que a Indústria 4.0 requer altos investimentos . Ele também apresentou argumentos definitivos a respeito da economia e do aumento de produtividade que as tecnologias envolvidas nisso podem oferecer aos empresários brasileiros. “A indústria tradicional tem informações depois que os fatos ocorreram, como a vida útil de uma máquina,  por exemplo. A diferença na Indústria 4.0 é que a informação pode ser acessada em tempo real, o que permite uma série de benefícios.”

O engenheiro citou o exemplo do EB 80, sistema eletropneumático da Metal Work, em que os componentes informam todos os tempos de acionamento, o percurso do êmbolo para sair e voltar do cilindro e uma série de informações que servem para monitorar se todo o sistema está funcionando bem ou não. Essa característica permite também que as peças sejam trocadas exatamente no momento em que houver necessidade, evitando desperdício de tempo em manutenções e custo de estoques de reposição.

Outra grande vantagem da Indústria 4.0, na visão de Guidi, é a assistência remota, que elimina a necessidade de deslocamento de um técnico e todos os custos envolvidos. De posse das informações em tempo real, o fabricante de uma máquina, por exemplo, consegue visualizar a distância onde está o problema e prestar assistência inclusive por meio de óculos de realidade virtual.

Guidi também compartilhou o exemplo do sistema de automação modular da Metal Work, o V-Lock, para demonstrar outra funcionalidade da Indústria 4.0: a flexibilização mecânica das máquinas. Inspirado no Lego, o V-Lock possui a mesma interface de conexão, o que permite realizar infinitas combinações e aplicações. Assim, na Indústria 4.0, uma mesma máquina pode passar a fabricar diferentes produtos.

Os workshops também contaram com a fala do professor Dr. Néstor Fabián Ayala, do Núcleo de Engenharia Organizacional da UFRGS, que apresentou o estudo “Mapeamento do nível tecnológico da Indústria 4.0 do setor de máquinas no Brasil”, e de Denis Borges Mauricio, da Abimaq, que compartilhou as ações da associação no contexto da Indústria 4.0.

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